A Bandeira do Divino

publicado em:7/03/18 1:30 AM por: Jurandir Figueiredo CulturaReligião

Quinta-Feira, 21 de Setembro de 2006 | 2 comentários

A Bandeira do Divino ou de São Brás como eu costumava falar no Ribeirão,  pois se apresentavam na época das festividades de São Brás  padroeiro de Ribeirão Pequeno, era uma tradição muito importante para todos da comunidade. Nos meses de dezembro a Fevereiro com suas pombinhas em meio as fitas coloridas a comitiva da bandeira percorria as casas apresentando a cantoria e recolhendo prendas para a festa.

Os devotos com a bandeira, violão, tambor e a rebeca, chegavam com a cantoria afinada, entoando versos e eram acolhidos aqui e ali nas várias casas da região.

Nas visitas, os cantores entoam versos abordando assuntos atuais, algum fato da família e da comunidade. A visita da bandeira emocionava os visitados e com a gratidão e a fé no Divino Espírito Santo, fazem doação de alimentos, prendas e dinheiro para a festa.

Após várias entoadas, versos desejando prosperidade, felicidade, paz e saúde a família visitada agradecia a todos os componentes da bandeira.

Na saída um verso de despedida finaliza a apresentação. O morador da casa visitada antes da saída, beijam as fitas da bandeira e fazem o sinal da cruz em respeito ao Divino Espírito Santo.

Se encontrares uma comitiva da bandeira do Divino, dê-lhes um sorriso de alegria e trate-os com respeito pela fé de suas almas, pois ali impera a bondade de seus corações. Diga-lhes: Deus os abençoe nas suas missões; Amem !

Enviado por: Jurandir S Figueiredo

 

Comentários
1 – Marcio Corrêa 10/12/2006

Vão chegando nessa casa

Com muita tranquilidade

Com o coração aberto

Pros velhos e pra mocidade

Para nós nada importa

Nem mesmo a sua idade

O Divino segue em frente

Pra mostrar todo o caminho

Com Deus no Coração

Nunca ficamos sozinhos

Essa família bonita

Nos acolhe c carinho

Com sua mesa bem farta.

E um bule de cafézinho

Na hora da despedida

Não pudemos deixar prantos

Só fica nosso carinho

Pra esse lugar tão santo

Que é esse lar bonito

Que não me cause espanto

Mas fica aqui a mensagem

Do Divino espirito Santo.

 

2 – Eneida 16/02/2009
O meu pai João Paz Figueiredo, mais conhecido como João Sapé, cantava na Bandeira do Divino. Ele morreu muito novo, só com 40 anos e eu até hoje não consigo ouvir a Bandeira sem chorar. É uma sensação que arrepia a gente, aquele som parece que vem do fundo da alma, e ás vozes dos cantores é maravilhosa. Tudo que o meu pai gostava eu não deixo de prestigiar…e a Bandeira é uma delas…. Abraços a todos



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