MEMÓRIA HISTÓRICA DE RIBEIRÃO GRANDE

publicado em:12/03/19 2:45 PM por: Jurandir Figueiredo A Comunidade RGHistorias e Fatos-RGRibeirão Grande

MEMÓRIA HISTÓRICA DE RIBEIRÃO GRANDE – LAGUNA –SC

Publicada em: Domingo, 04 de Janeiro de 2009

Os sonhos de longos anos.

Que Nossa Senhora do Perpétuo Socorro cubra com seu manto protetor a Arquidiocese de Florianópolis e seu venerando chefe, a paróquia de Laguna e seu esforçado vigário, Ribeirão Grande e seu bom povo, são os votos que aqui deixo. Laus Deo Virginique Mariae”. Acrescentamos a esta crônica de Antônio Silva que a devoção à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro surgiu por ocasião das” missões” pregadas pelos padres redentoristas.

CÓPIA DA ATA DA REUNIÃO DA ELEIÇÃO DA PADROEIRA DE RIBEIRÃO GRANDE:“
Aos vinte e seis dias do mês de dezembro de mil novecentos e quarenta e oito, às dez horas do dia, na sala principal da residência do Sr Custódio Nicolau da Rosa, local onde o povo costuma fazer suas devoções, sob a direção do Sr. Antônio Silva, achando-se presentes quase todos os moradores desta localidade e vários de Cortical à Sambaqui, tendo sido implorado o auxílio divino, deu-se começo a uma reunião para eleger o padroeiro da capela e da localidade de Ribeirão Grande. Aberta a seção, tomou a palavra o Sr Antônio Silva, pedindo o parecer dos presentes sobre o caso. Foram apresentados vários santos e santas. Tendo em vista a devoção à Nossa Senhora já existente nas famílias desta localidade, apresentou o Sr. Antônio Silva, por sua vez, Nossa Senhora sob a invocação do Perpétuo Socorro, que foi unanimemente aceita por padroeira.

Em seguida ficou resolvido fazer-se à tarde um terço de ação de graças, em honra de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, desde então padroeira da localidade e de sua futura capela. Imploradas bênçãos e graças de Maria Santíssima e não havendo mais nada que tratar, foi encerrada a reunião, da qual lavrou-se a presente ata que foi pelos presentes assinada. Ribeirão Grande, aos 26 de dezembro de 1948.

Segue relação dos presentes que assinaram a ata: Antônio Silva, Malaquias Manoel de Amorim, João Galdino Marcelo, Euclides Lúcio do Nascimento, Manoel José da Silva, Cristovam José de Santiago, Evaldo Sabino da Silva, João Custódio de Bem, Leonel Manoel de Oliveira, João Manoel de Oliveira, Estevam Manoel de Oliveira, Agostinho Sebastião da Silva, Luis João de Amorim, Estevam Emídio de Bem., Geraldino Salustiano de Bem, Ciro Luis do Nascimento, João Miguel de Bem, Maria Ormecinda Marcos, Maria Leonor do Nascimento, Emiliano Galdino Marcelo, Manoel João dos Santos, Manoel Francisco da Silva, Olavo Claudiano da Silva, José João dos Santos, Josué Miguel de Bem, Isaias João de Amorim, Constantino Sebastião da Silva, José Joaquim da Silva, Gaulino João de Bem, Amélia Maria da Silva, Maria Custódia Teixeira, Maria de Bem Júnior, José Moreira de Bem, Pedro Manoel da Silva, Apolinário João Joaquim, Amélia Pereira, Maria Marcelo da Silva, Terezinha Sebastião da Silva, Rosa Medeiros, Zélia de Bem Júnior, donária Silva de Amorim, Antônio Joaquim da Silva, Maria do Carmo de Oliveira, Judite Sebastião da Silva, Maria Souza da Silva, Maria Conceição da Rosa, Francisco Cecília dos Santos, Terezinha Manoel Fernandes, Robertina do Nascimento, Venile Vitorino da Silva, Maria Tereza de Bem, Antônia Custódia da Silva, Antônia Francisco da Silva, Irineu Antônio de Oliveira, Francisco de Amorim, Nilton José Flores, Estevam Manoel da Silva, Gilso João da Silva, Manoel Francisco Marcelo, Adílio Santana, Manoel João Bonifácio, Manoel José Antônio, Gumercindo José de Bem, Adolfo Schueider, Galdino Antônio Marcelo, José Inácio, Eufrácio Alves da Silva, Manoel Bonifácio de Bem, Flávio Júlio da Silva, Minervina Marcelo Felipe, Teófila Fidelis da Silva, Custódio Nicolau da Rosa, José João Bonifácio, Manoel José Inácio, Manoel Jorge de Oliveira, Carino José Marcelo, Antônio Bonifácio de Bem.

Por esta lista se arquivaram os nomes dos atuais moradores.

PRIMEIRA VISITA PAROQUIAL E BÊNÇÃO DA CAPELA PROVISÓRIA
“Em 23 de fevereiro de 1949, sob os aplausos festivos do povo, desembarcava em nosso porto o Revmo Pe. Gregório Warmeling , digno vigário de Laguna que vinha fazer a bênção da capela provisória e sua primeira visita paroquial. Entre cantos e “vivas” seguiu o povo em procissão até a capela onde o Revmo. PE. Gregório foi saudado pelo Sr. Antônio da Silva que com palavras cheias de satisfação e entusiasmo externou a alegria que sentia em seu coração por ver realizados os santos desejos do povo., considerando aquele o dia mais feliz para o povo da localidade de Ribeirão Grande.

Agradeceu a boa vontade e cooperação do Revmo Pe.. Gregório , fazendo que se tornasse realidade o que há anos se aspirava. Logo após a bênção da capela foi cantada a primeira novena. Em seguida, com palavras cheias de carinho e amor, agradeceu o Revmo. PE. Gregório, as manifestações de que tinha sido alvo, atribuindo-as ao sacerdócio católico.

Congratulando-se com o povo pelo que se acabava de realizar e que seria um dos grandes dias de sua vida, implorou sobre todos proteção e bênção de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Finda a solenidade, deu começo aos labores paroquiais, ouvindo em confissão as senhoras e moças que desejavam no dia seguinte fazer comunhão geral.

Seguindo este belo exemplo os homens, rapazes e crianças também se prepararam para uma comunhão geral no segundo dia de visita. Nesta visita de dois dias apenas ouviu o PE. Gregório 419 confissões distribuindo 435 comunhões.
Dia 24 à tarde houve uma hora de adoração e em seguida a primeira bênção com o Santíssimo Sacramento.
Dia 25, após a missa, despedida do vigário deixando os corações de todos repletos de santas consolações.”

PRIMEIRA COMUNHÃO
“ Na visita de 11 a 18 de maio de 1949, aproximaram-se pela primeira vez da mesa eucarística 101 crianças de ambos os sexos. Foi este um grande dia para nós e que ficará gravado para sempre em nossos corações. 101 crianças vestidas de branco receberam com suas alminhas puras pela primeira vez a Jesus na Sagrada Eucaristia. Na celebração, o Revmo. Pe. Gregório agradeceu a boa vontade das esforçadas catequistas que trabalharam para proporcionar às crianças dia tão feliz.
Congratulando-se com os pais pela grande festa de seus filhos, pede que os conservem inocentes e puros com se acham no dia da primeira comunhão.”

ORGANIZAÇÃO DA IRMANDADE
“Havendo nesta localidade,membros das irmandades da capela de Ribeirão Pequeno, nesta visita resolveu o Revmo Pe. Vigário criar, nesta capela, seções daquelas irmandades. Em reunião geral foram criadas as seguintes seções: Apostolado da Oração, Congregação Mariana masculina e feminina, Obra das Vocações Sacerdotais e Liga do Menino Jesus.”

PRIMEIRA VISITA DO REVMO. PE. BENO WENNER
“De 25 a 27 de julho visitou-nos pela primeira vez o Revmo. PE. Beno Wenner, novo coadjutor da Paróquia . Bom e zeloso sacerdote. Desde sua primeira visita soube captar a ansiedade e simpatia do povo.
Apesar dos muitos afazeres, tinha sempre muita paciência, tratando a todos com paternal bondade.”

VASOS SAGRADOS E ALFAIAS
“ Na visita de 8 a 10 de setembro de 1949, foram benzidos e inaugurados o cálice, o cibório e as galhetas adquiridos pela capela .
Como de costume houve muitas confissões, comunhões e grande afluência de povo às funções religiosas”.
Na visita de 3 a 5 de outubro, foram inauguradas as seguintes alfaias: alva, sobrepeliz, santinhos, corporais, palas, etc. Como nas visitas precedentes , sempre muito trabalho para o sacerdote.

“De 5 a 7 de janeiro de 1950, tivemos uma visita especial. Dia 6, Festa dos Santos Reis, fizemos uma pequena festa em benefício da capela.
Às 7 horas, missa cantada, executada pelo coro local. À tarde, bênção com o SS. Sacramento.
O resultado líquido desta festa foi de Cr$2.157,60. Nesta visita o Revmo Pe. Beno benzeu e inaugurou duas casulas novas.”

VISITA DA IMAGEM DE NOSSA SENHORA AUXILIADORA
“De 27 a 28 de janeiro de 1950, esteve entre nós a veneranda imagem d Nossa Senhora Auxiliadora que visitou todas as paróquias de Laguna em preparação para a festa de Nossa Senhora dos Navegantes, uma das tradicionais festas desta paróquia.
Uma comissão de devotos daqui trouxe a imagem peregrina, em procissão, da capela da Carniça, pelos rios Tubarão e Sambaqui. A peregrinação era dirigida pelo Revmo. Pe. Beno, coadjutor da paróquia.

Entre cantos e vivas foi a imagem conduzida em procissão, do porto à capela onde foi saudada por uma congregada e uma messina Liga. Em seguida houve novena solene e sermão. Dia 28 à tarde, solene despedida da imagem que foi conduzida em procissão até o porto, onde a esperava uma comissão de devotos da capela de Ribeirão Pequeno.
Foram verdadeiros dias de bênção estes que Nossa Senhora Auxiliadora esteve entre nós.”

COMISSÃO PROVISÓRIA
“ Não havendo,nesta capela, a Devoção da Padroeira, resolveu o Revmo. Pe. Vigário criar uma comissão provisória para dirigir os destinos da mesma. Esta comissão ficou assim constituída: Presidente: Antônio Silva; Secretário: Euclides Lúcio do Nascimento; Tesoureiro: Irineu Antônio de Oliveira; Membros Auxiliares: Geraldino Salustiano de Bem, Malaquias Manoel Amorim, Manoel José da Silva e Cristovam José de Santiago.”

BÊNÇÃO DA IMAGEM DE SANTA TEREZINHA
“No domingo dia 17 de setembro de 1950, houve o benzimento da imagem de Sta. Terezinha, padroeira da Obra das Vocações Sacerdotais. Às 7 horas, missa com comunhão Geral da Obra das Vocações e fiéis em geral.
Às 10 horas missa festiva executada pelo coro local. Após, a missa de benzimento da imagem .
Nesta ocasião o Revmo. Pe. Beno falou sobre a obra das vocações sacerdotais. À tarde, novena e encerramento da festa. Durante o dia, barraquinha e quermesse em benefício da capela.”

BÊNÇÃO DA IMAGEM DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
“No dia 1º de novembro de 1950, o Revmo. Pe. Beno benzeu solenemente a imagem do S.C. de Jesus, adquirida pelo Apostolado da Oração. “As 7 horas, missa de comunhão geral do Apostolado. Às 10 horas missa festiva executada pelo coro da capela. Após a missa, bênção soleneda imagem, falando nesta ocasião o Revmo,. Pe. Beno sobre a devoção ao S.c. de Jesus e o amor que nos tem o mesmo coração.

À tarde, novena solene e encerramento da festa. Durante todo o dia barraquinha e quermesse em benefício da nova capela.

A renda desta festa foi de Cr$3.033,50.

BÊNÇÃO DA IMAGEM DE NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO E PRIMEIRA PROCISSÃO NESTA LOCALIDADE
“No dia 15 de abril de 1951 o Revmo. Pe.Evaldo Pauli, novo coadjutor da paróquia, benzeu solenemente a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro: padroeira da capela.
Dia 13 à tarde, chegada do Revmo. Pe. Evaldo e bênção das casas ao redor da capela; à noite, novena.
Dia 14, às 7 horas, missa. Durante todo o dia, bênção das casas; à noite, novena.

Dia 15, às 7 horas, missa de comunhão geral dos fiéis; às 10 horas, missa festiva na porta da capela executada pelo coro local. Às 11 horas, benzimento solene da imagem, beija-mão e ofertas dos padrinhos.

Nesta ocasião falou o Revmo. Pe. Evaldo sobre a devoção à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, implorando sobre todos as bênçãos e graças de Nossa Senhora.

Ao meio dia, churrascada. Ás 4 horas da tarde, sob os aplausos festivos do povo, a veneranda imagem da mãe de Deus percorreu, pela 1ª vez, as ruas de sua localidade, derramando suas bênçãos e graças sobre todos os seus filhos e devotos.
Às 17 horas, novena de encerramento. Foram distribuídos entre o povo santinhos de lembrança deste grande dia.

Durante todo o dia, barraquinhas em benefício da capela.
A renda líquida desta festa foi de Cr$6.015,00. Nesta festa, tomaram parte mais ou menos, 2.000 pessoas e foi a primeira vez que se fez uma procissão em nosso lugar.”

PRIMEIRA FESTA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
“De 24 a 30 de julho de 1951, visitou-nos o Revmo. Pe. Evaldo Pauli. Foi esta uma visita toda especial pois terminou com a festa do S.C. de Jesus, a primeira em nossa localidade. Foi chamada esta, a “semana do S.C. de Jesus”.
Nesta visita, além de todo trabalho paroquial: confissões, batizados, visitas a doentes, catequese, etc. houve ainda uma reunião para a juventude feminina do apostolado, e outra para as senhoras casadas do apostolado.
Cada irmandade fez a sua comunhão geral e teve sua reunião ordinária. Houve um total de 610 confissões.
Quinta- feira à tarde houve reunião da Devoção de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na qual se assinalaram 26 zeladores,com seus respectivos sócios.

A diretoria da Devoção ficou sendo por enquanto a mesma que até então era comissão provisória da capela. Para o futuro a diretoria da Devoção será sempre a comissão da capela.

Sábado, dia 28, houve belíssima primeira comunhão de 126 crianças, a segunda em nossa capela.
Domingo, dia 29, às 7 horas, entrega solene de fitas aos sócios do apostolado e distribuição de santinhos lembranças a cada um. Às 9 horas, missa para as crianças. Às 10 horas, missa festiva na porta da capela, executada pelo coro local.

Ao Evangelho, falou o Revmo. Pe. Evaldo sobre a devoção ao S.C. de Jesus.
Às 16 horas, belíssima e piedosa procissão com a imagem do Sagrado Coração.

Em seguida, última novena.
No encerramento falou ainda Pe. Evaldo sobre o S.C. de Jesus, congratulando-se com o povo pelo movimento religiosos de toda a semana, declarando-se imensamente satisfeito com os resultados obtidos nesta primeira festa realizada após uma semana de visita. Uma nota toda especial deu a estas solenidades o alto-falante da matriz que pela primeira vez, a título de experiência, foi batizado nesta capela, transmitindo os atos religiosose convocando os fiéis para os mesmos.

Nas horas vagas, era o alto-falante, a distração predileta do povo, homenageando-se mutuamente com dedicatórias. Externo aqui meus sinceros agradecimentos ao Revmo. Pe. Vigário que proporcionou às suas capelas passatempo tão agradável, bem como ao Revmo. Pe. Evaldo, pela dedicação e boa vontade com que trabalha pelo nosso progresso religioso.

Agradeço e louvo de todo o coração a boa vontade e espírito de sacrifício das irmandades e de todo o povo em trabalhar em prol de uma causa tão santa, implorando ao S.C. de Jesus que reine em todas as famílias e à Nª Srª do Perpétuo Socorro que cubra a todos com seu manto protetor.

ENSINO
Com referência ao ensino, faremos ainda um breve relato nesta memória histórica.
Principiou-se com a escola particular de Dona Celestina, que depois passaria de auxiliar para pública.
A escola pública fundou-se em 19… Foi primeiro professor João Antônio de Bem, casado com Dona Celestina, que lecionou em uma casa sua ao lado da residência .
Os seguintes foram Eduardo Antônio de Bem, que já o havia sido na cidade de Laguna, Alexandrina Fernando da Silva, poucos meses , e Hugo de Bem.

Em 1927 se construía outro prédio de madeira em que passou a lecionar Joana Costa da Silveira, regente e Dona Celestina, auxiliar.

OUTRAS INFORMAÇÕES
Encerrando Esta memória histórica, sobre o Ribeirão Grande, sua vida econômica, social e religiosa, relatamos ainda, as impressões de nossa chegada a este lugar, dia 5 de março.

Encontrávamo-nos nesta paróquia há pouco mais de um mês depois de havermos vindo, por transferência, de Sombrio, município de Araranguá.
Lá, todo o trabalho das capelas era feito à cavalo, em horas inteiras de cavalgar pelos areais infindos. Aqui, o transporte é igualmente primitivo, de canoa, porém, mais humano e agradável. Não obstante, a primeira observação que se houve da boca do povo, é a necessidade de uma rodovia a comunicar este lugar com Laguna. Na verdade, dias sucessivos de vento obrigou-nos a um alheamento completo da cidade e dos seus recursos hospitalares. Nunca se vêem caminhões e nem há transportes diretos para os grandes centros de consumo.

Os morros e as pedreiras impedem quase absolutamente uma entrada, e o povo fica implorando aos céus uma estrada e dias melhores.
Depois de sairmos de Laguna, viajamos 2 horas na canoa de Cristóvão José de Santiago, que fora buscar ainda vacina contra mordida de cachorro, e tudo isto antes mencionado era abundantemente comentado. À chegada, tivemos logo contato com as pessoas destacadas no serviço religioso e social do lugar: Antônio Silva, encarregado da capela, com boas recomendações do pároco e que se ocupava ainda com o trabalho de atender os doentes co infecções e outros recursos homeopáticos, Euclides Lúcio do Nascimento, vereador do distrito pelo PSD e que depois ocuparia a intendência, Minerva Marcelo Felipe, professora em Sambaqui, onde promove com maior cuidado a doutrina da 1ª comunhão, Dona Joana Costa da Silveira, professora regente da sede de Ribeirão Grande, Dona Teófila Fidelix da Silva, professora auxiliar , esposa do Sr. Antônio Silva, Dona Romilda Fidélix, professora de Cortical, Edvaldo Sabino da Silva, presidente do Clube local que Euclides R. do Nascimento e Antônio Silva fundaram em 1943, por inspiração do vigário com o objetivo de evitar os bailes em casas particulares.
Nesta e nas visitas seguintes fomos conhecendo os lugares históricos.
Na esquina à direita, onde a rua do porto chega à principal, encontramos a casa de Custódio do N. da Rosa, em que residiu Dona Celestina, onde tinha sua escola particular e rezava os terços. Depois, deparamos com a igreja provisória, estreita, baixinha, rematada com uma cruzinha.

Ao lado também vimos a casa da escola pública, onde se leciona desde 1927 e achamos que era antes um paiol de paredes desleixadas, com alguns bancos compridos a se desmancharem. Destes três objetivos: casa dos terços,capela e escola, apanharíamos depois algumas fotografias.
Fui informando de que logo se principiaria uma escola rural e uma ponte sobre o ribeirão que atravessa a rua principal.

Quanto ao povo em geral é conhecido pela sua religiosidade, bem como pela união relativamente às outras capelas. Ribeirão Grande, 26 de julho de 1951.

( O documento recebido não cita o autor, mas pelo seu conteúdo, me leva crer que se trata de um relatório de inspeção de autoridades civis ou religiosas).

SOBRE A PROFISSÃO DOMINANTE Além das verduras, um outro produto que era levado ao mercado de Laguna, era a carne. Existiam no Ribeirão Grande, vários  senhores que trabalhavam com carneação de gado e porco. Esta carne tanto abastecia o mercado local, como também grande parte do consumo da cidade de Laguna. Entre os senhores, podem ser mencionados:
Malaquias Manoel Amorim,
Geraldino Salustiano,
Manoel Malaquias de Amorim,
José Cardoso,
Manoel José da Silva ( Mané Déca) e outros.

Enviado por: José Braz da Silva

 



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