Ribeirão Pequeno a Origem
A historia do Ribeirão começa a seis mil anos com relatos dos primeiros habitantes de nossa região Lagunar, o povo da etnia Guaranis, e posteriormente os índios carijós, esse povo indígena ocupava o território que hoje se localiza São Paulo, vindo até o Rio Grande do Sul.
É fato relatar as histórias contadas por nossos antepassados, dos indígenas que Vivian aqui e pegavam produtos das roças plantadas no Sertão da Maricota. Esses nativos eram chamados de Bugres, denominação dada a indígenas por serem considerados não Cristãos pelos europeus.
Na década dos anos 70, meu pai Sebastião Figueiredo que era lavrador e eu com os meus 9 para 15 anos trabalhava na lavoura. Então quando passávamos o arado no terreno, lá na baixada dos Brancos no morro do Ribeirão, não era raro se achar cacos de cerâmica, ponta de flechas e machado de pedra que foram deixados pelos índios. Então fica evidenciado com meu testemunho real e verdadeiro, que realmente os Indígenas habitavam as terras de nosso Distrito. Com a chegada dos colonizadores foram exterminados da terra onde viviam.
No ano de 1676, em 29 de Julho, o bandeirante Domingos de Brito Peixoto chegou a Laguna. Por sua devoção a Santo Antonio, o bandeirante batizou o lugar como Santo Antonio dos Anjos da Laguna. Neste período deu-se inicio a colonização de nossa região.
Entre os anos de 1740 a 1756, chegaram imigrantes açorianos, incentivados pela coroa Portuguesa com a intenção de formar vilas litorâneas no Sul do Brasil, aumentando assim a população.
Em meados de 1740 uma expedição desbravou a região costeira da lagoa Santo Antonio, naquela época a lagoa ia até a encosta dos morros do Bananal até a Madre, e chegando onde hoje é Ribeirão Pequeno, esses primeiros colonizadores de origem portuguesa dos Açores habitaram o local. Formaram uma comunidade pesqueira e agrícola, pois encontraram um local com pesca abundante e um solo fértil para agricultura.
As famílias açorianas trouxeram toda tradição cultural da Ilha dos Açores. A terra foi dividida em pequenas propriedades, cuja base de trabalho era a mão de obra familiar. Não há relatos de mão de obra de trabalho escravo nesta região.
Os engenhos de farinha e cana de açúcar, alambiques, ferrarias… Construções de madeira, de taipa feitas com barro, pau de ripa, pau de guatã ou bambu, geralmente localizadas próximo a córregos de água, pois algumas engrenagens eram tocadas pela água e tambem para facilitar o trabalho. Aqui no Ribeirão nossos engenhos na sua maioria eram movidos a bois.
Há relatos também que nesta época Antonio Rodrigues de Figueiredo se casou em Laguna com Anastácia da Silva, natural da Enseada de Brito Florianópolis e se estabeleceu em Ribeirão Pequeno, sendo um dos primeiros habitantes da comunidade. Tiveram oito filhos que aqui junto com outros imigrantes continuaram a saga das famílias ribeironenses.
Os anos se passaram e a região do Ribeirão, que na época era denominada Colônia São Brás, se desenvolve e se torna referência na produção agrícola e pescados, os produtos eram levados por canoas para serem comercializados no centro de Laguna. O transporte de canoas também era utilizado para levar as pessoas até o centro da cidade, para compras para família, para serviços médicos, realização de casamentos e outros.
A Colônia São Brás em 4 de Julho de 1911, é elevada a categoria de Distrito, segundo relato do Padre Carlos Weck, foi denominado Distrito de Ribeirão Pequeno, pois a Maçonaria não aceitava nome de Santo na formação das novas comunidades. O distrito agregou as Comunidades de Bananal, Morro Grande, Figueira, Ponta Daniel, Parobé, Ribeirão Pequeno, Sertão da Maricota, Ribeirão Grande, Curtiçal e Madre da Laguna.
A região se desenvolve com cartório, correio, escolas, comércios e nos anos 60 é construída a estrada geral. Iniciando um novo ciclo de desenvolvimento ganhando mais movimentação, linha de ônibus, carros e caminhões de Laguna e Tubarão, trazendo variados produtos para abastecer os armazéns do distrito.
Hoje temos uma região rural mais evoluída, com a Rodovia Municipal João Batista Wendhausen Moraes, asfaltada até a comunidade do Parobé e um novo ciclo de desenvolvimento se inicia.
Temos um povo que sempre foi muito acolhedor, religioso, habilidoso, com tradições culturais notáveis.
Ribeirão se apresenta com paisagens naturais belíssimas.
Texto: Jurandir da Silva Figueiredo
Referências: Estudo Família Figueiredo
Wikipédia I Antônio Carlos Marega
Meu Pai,”in memória” Flávio Corrêa, tbem era um contador de histórias da nossa querida terrinha. Ribeirão Pequeno, povo Cristão e acolhedor!!
Neide me ajude a contar histórias, contos, fatos, de Ribeirão, no site podemos deixar arquivadas para as gerações futuras. Já temos um bom bom acervo de imagens. Poderíamos aumentar também as histórias. Pode enviar para meu e-mail para eu fazer a publicação…Abs